terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Simpatia, empatia e grandes almas...



"Esses encontros de alma não são mágicos? Quem já sentiu sabe..."...disse eu...
E fez-me pensar...

Aquela pessoa que faz o olhar brilhar mais, a respiração acalma,faz-nos sentir mais leves, a conversa flui e não tem hora para acabar, o entendimento acontece sem muitas explicações, semelhanças, coincidências, é sentido, vivido, mágico!
Não é fácil estes encontros acontecerem... Eles acontecem quando devem acontecer... e vêm cheios de coincidências e sinais... assim como saber escutar, é preciso saber olhar... saber sentir...
Encontros e desencontros... possibilidades...
Tenho feito o exercício de deixar a vida me levar, trazer o que precisa ser visto, usado, conhecido... tenho confiado mais, e desgastado menos...

Tal como diz Vinícius de Moraes: 
‎"A vida é a arte do encontro
embora haja tanto desencontro pela vida..."


Os Hindus contam uma história muito bonita:

No princípio dos tempos, uma grande nuvem espiritual envolvia o mundo constituindo a essência suprema, e cada criança, ao nascer, recebia uma generosa parcela deste misterioso ectoplasma que descia sobre ela.
E passava a ser sua Alma.
Com o passar dos séculos, as populações foram aumentando e já não havia grandes porções de alma para dividir com todos os que nasciam.
Então começaram a aparecer na terra milhares, milhões de pessoas com almas pequenas.
Mas até hoje, de vez em quando, um engano acontece, e ainda sobra um pedaço maior de alma para determinados seres humanos.
Assim nascem, aqui… ali, criaturas de almas grandes.

Por toda a parte, na terra, em países diversos, essas pessoas de Almas Grandes se reconhecem e se atraem ao se verem pela primeira vez.
São em geral simpáticas, inteligentes, honestas, e se identificam imediatamente uma com as outras, como se fossem irmãs.
Os casos de amor ou amizade à primeira vista, constituem provas concretas de que estas grandes almas existem.
A angústia de viver está em que, no caso de sermos almas grandes, passamos às vezes uma vida inteira sem encontrar nossas parceiras genuínas,aquelas pessoas perfeitamente aptas a se identificarem connosco, a tornarem-se nossas maiores amigas, ou nossas grandes paixões.
E podem estar a nossa espera ali na esquina, ou num bairro que não frequentamos, numa cidade que não visitamos.
Todos deveriam falar com todos, sem constrangimentos, e tentar aproximações novas e frequentes.

Sem comentários:

Enviar um comentário