sexta-feira, 17 de maio de 2013

Os bens materiais



A natureza é pródiga: quando chove, é impossível contar as gotas de água, assim como é impossível contar os grãos de areia de uma praia. As águas dos oceanos são infindáveis. O tamanho do céu é incomensurável. Os animais simplesmente confiam na vida.

Não ficam estocando comida inutilmente. Em seu estado natural, eles não têm obesidade, como acontece com alguns mascotes. Na primavera, as abelhas fabricam mel apenas para a próxima temporada. Elas não se preocupam em acumular mel até a próxima década ou o próximo século: precisa durar apenas até a próxima primavera.

Os humanos, por nossa parte, temos uma tendência a acumular objectos de maneira desnecessária, como se fóssemos viver para sempre. Tem gente que estoca comida como se o mundo fosse acabar amanhã, ou como se não houvesse comida suficiente para todos.

É saudável separar necessidade de ambição. As necessidades materiais devem ser consideradas usando o bom-senso, mantendo os pés na terra e sem esquecer o propósito fundamental da existência, que é a liberdade.

As necessidades materiais devem ser consideradas usando o bom-senso, mantendo os pés na terra e sem esquecer o propósito fundamental da existência, que é a liberdade.

De costas para essa questão da liberdade, e sem termos reconhecido a inutilidade da corrida para satisfazer as ambições materiais, não será possível superar a crise existencial que hoje atravessa a nossa sociedade, que se faz evidente nos relacionamentos de todos os tipos.

Então, se estas palavras fizerem sentido para você, aceite a sua própria natureza e use sua capacidade de transformação para dirigir a sua força para algo construtivo, útil para si e para os demais.

Pedro Kupfer

Sem comentários:

Enviar um comentário