domingo, 27 de outubro de 2013

A ANDROGINIA


“Quando as energias deixam de estar representadas, ou de serem canais ”apropriados”, o cerne andrógino que todos nós seres humanos possuímos poderá vir à tona e proporcionar-nos uma nova desenvoltura de estar no mundo e de estar connosco mesmos.
A transferência de energia entre as constelações de contrários – seja entre o racional e o mitológico, o ego e o animus-anima, o Yin e o Yang, ou qualquer que seja a designação que usarmos para as energias Feminina e Masculina - ou seja, deslocamento de energias outrora consideradas separada, irá ocorrer tão rapidamente, tão suavemente, que a oscilação será praticamente indiscernível. Teremos uma situação dinâmica no microcosmos, e as energias irão impulsionar activamente o organismo humano.
Porém, visto da perspectiva do ser humano como um macrocosmos, haverá uma aparência de equilíbrio.
Sem qualquer sentimento de disjunção, podemos ser ao mesmo tempo ternos e firmes, flexíveis e fortes, ambíguos e precisos, capazes de acalentar e de orientar, de doar e de receber. (...) 
Numa interacção andrógina, o indivíduo está ciente do funcionamento simultâneo do aspecto intuitivo (pelo qual é capaz de apreender conjuntos inteiros) e do aspecto sensível (em que cada diminuto elemento de uma situação é vista em sua relação com a totalidade)”.

in, “ Androgina: Rumo a uma Nova teoria da Sexualidade”
June Singer

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