sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Empatia e Assertividade


Ser asertivo significa ser capaz de ejercer y/o defender los derechos personales: decir “no”, expresar desacuerdos, dar una opinión contraria y/o expresar sentimientos negativos sin dejarse manipular, como lo haría una persona sumisa, y sin violar los derechos de los demás, como hace una persona agresiva. 
Esta es la clave. 
La asertividad es un punto medio entre el que se arrodilla y el que aplasta al otro. 
Implica la defensa de los derechos sin lastimar a nadie.

Walter Riso


Eu, há uns anos atrás, era a agressiva.
Uma ou duas vezes por ano, em situações extremas de emoções acumuladas, dava-me uns ataques de fúria de tal ordem, que me arrependia sempre a seguir.
A minha impulsividade, de vez em quando, põe-me à prova.
A minha paciência levada ao limite, também...
Mas agora, que tenho consciência dessa ferida em mim, já a consigo controlar melhor...

Dois conceitos que ouvi numa palestra de um Psiquiatra, Especialista em Dependência Química, que são essenciais em qualquer relacionamento: empatia e assertividade.
É muito comum vermos e fazermos julgamentos sobre os comportamentos de terceiros, não é?
Então achamos-nos no direito de julgar se o que o outro faz é certo ou errado, se é melhor ou pior, se é bom ou mau, e esquecemos-nos de que os nossos parâmetros são diferentes dos deles, e quando iniciamos esse processo de julgamento, usamos como base a nossa própria realidade, o nosso ponto de vista, a nossa história de vida, a nossa moral...
E tudo isso varia de um ser humano para outro, portanto, não deveríamos ser juízes de ninguém, a não ser sobre a nossa própria vida.

Até aos meus 34 anos, eu achava-me sempre a dona da razão. Mais ou menos,vá...nem sempre...
Eu achava que, se eu fosse determinada, decidida, focada no que eu achava importante, nada de mau me aconteceria, porque eu tinha tudo bem controlado...
Depois, veio o divórcio, e foi o início de tudo...da maior lição de vida que tive e ainda estou a ter...
11 anos depois...de 2003 a 2014...tudo mudou!

Mas hoje vejo que eu não tinha (e não tenho) o direito de julgar ninguém, porque não conheço o que o outros sentem e vivem, na sua essência.
Não conheço a sua história.
E cada um de nós está a travar a sua própria batalha.

Durante muito tempo, eu analisava as escolhas dos outros baseada na minha história.
E foi difícil, e até hoje requer muito exercício e autocontrole, para tentar entender as escolhas dos outros, baseado na história de vida deles, colocando-me no seu lugar e tentar entender os seus porquês.
Isso é empatia. 
E não é fácil, porque exige que eu saia do conforto da minha vida para, tentar entender uma realidade de vida muito diferente da minha.

Um dia, numa situação extrema de traição de confiança, parei para pensar no porquê das escolhas do meu ex-namorado me incomodarem tanto, e confesso que me assustei com as respostas.
Quando as atitudes e escolhas de uma pessoa me incomodam, a ponto de eu começar a apontar os dedos e julgar, é hora de tentar perceber o que aquilo está a afectar em mim.
E depois disso, lentamente, com o passar dos anos, aprendi a aceitar o que não posso mudar, ou seja, o outro; e mudar o que posso, ou seja, a mim mesma.
Só assim crescemos.
O problema é que sempre queremos mudar os outros...

Mas, quando voltamos os olhos para o nosso próprio umbigo, e vemos nossos próprios defeitos de carácter, começamos a ser um pouco mais tolerantes, e um pouco mais abertos às diferenças e limites dos outros.

Ser empático é ACEITAR o outro, de verdade. 
E acredito sim, que a empatia nos ajuda a cultivar relacionamentos mais agradáveis e mais harmoniosos.
Afinal, só com a prática da empatia, nos abriremos para ouvir e conhecer a verdade do outro, e quando desenvolvermos essa habilidade perceptiva, conseguiremos, enfim, criar uma relação mais sincera e mais confiável para ambos, e teremos dado início a uma possibilidade de recuperação também para ambos.

Então entra um outro conceito muito importante para quem ama e convive com outras pessoas:
a assertividade.

Ser assertivo é ser franco.
É saber expor os seus pensamentos, emoções e opiniões sem ofender os outros.
Quando somos assertivos, por exemplo, após algo que nos magoou profundamente, podemos evitar situações ainda mais desagradáveis, tendo controle sobre o nosso próprio comportamento.

Uma coisa é tu dizeres: “Seu ordinário, não tens vergonha na cara? Não pensas nos outros? Tu mereces mesmo é ficar sozinho!”

E outra muito diferente é dizer: “Querido, eu amo-te, mas não tolero a tua falta de respeito e consideração. Existe alguma possibilidade de melhorar isso? Caso contrário, preciso afastar-me desta situação.”

Podemos dizer o que sentimos, mas sem ofender.
Podemos dizer o que queremos, sem culpa.
Isso é ser assertivo.

Dicas dadas pelo Dr. Leonardo Moreira, Psiquiatra, para ser assertivo:

·         Não guarde muitas coisas, para “explodir” depois;
·         Não seja agressivo, nem passivo;
·         Fale sem gerar atrito;
·         Não faça julgamentos;
·         Se estiver muito nervoso, acalme-se primeiro, fale depois;
·         Fale sinceramente o que está a sentir, sem magoar;
·         Esteja aberto para ouvir.

Aos poucos vou aprendendo, nesta escola da vida...



2 comentários:

  1. Perfeito.Francamente estou feliz por encontrar alguém tao sensível e inteligente, de forma a transmite clara e simples. definições tao corretas sobre habilidades sociais tao importantes.Legal!Parabéns!

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  2. Bem Vindo!

    "habilidades sociais tão importantes", assim é...por ser tão difícil de por em prática...mas o importante é ter consciência dos nossos corpos de dor, ir fazendo uma auto-análise e ir limando arestas...
    Vivendo e aprendendo...

    Grata pela visita e pelo comentário.

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