terça-feira, 15 de outubro de 2013

INTENSIDADE




A estrada da Vida admite interrupções tortuosas. 
Por ocasiões temos que ser estimulados, acicatados para o Despertar. 
Ninguém sonha sozinho. 
Ninguém morre acompanhado. 
O pulsar do coração da vida é único,
independentemente daqueles que nos rodeiam. 
Não somos mecanismos, mas paramos para pôr combustível.

Nada é perpétuo, o presentâneo compulsa nas veias 
em permanente inquietação. 
Sê feliz, a pedra que suportas não é tão colossal. 
As arbitrariedades têm uma duração,
a condolência finda, o verdadeiro de tanta verdade persiste, 
a audácia eleva-te, o medo fortifica, não enfraquece, 
os enganos treinam-te que nada é perfeito.

Às vezes estamos mortos e não sabemos. 
Outras vivos, mas latentes. 
Não construam da Vida um intervalo duradouro. 
Mesmo na solidão (é amiúde imperativamente necessária), 
sempre um acesso e não um STOP. 
Despertem, ponham o carro a trabalhar...

O louva-deus macho não pode acasalar 
enquanto a cachimónia estiver conectada ao corpo. 
A fêmea inaugura e finaliza o acto sexual arrancando-lhe a cabeça. 
Daí a nascedouro ditado: perde-se a cabeça por uma boa fondamentação.

Sérgio Ramires

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