domingo, 25 de janeiro de 2015

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Frio tanto frio, escorrendo nas veias
Serpentes adormecidas, peles enrugadas
Despindo-se na primavera que lhe falta
E faltará sempre seguindo aquele conselho
Em passar de anos é assim… conforma-te
E sua língua deixa de conhecer sabor
Engole sem mastigar, não conhece iguaria
Ali ficam abrigadas no fundo de casulo
Hibernadas no escuro de convicções
Resistindo frígidas, a pureza do imaculado
Tingido sonho o que é tido como obsceno
E a mulher de rua o satisfaz, e ele volta
È um homem … e sustenta esta casa
Onde o encosto não dá espaço á entrega
Em dois corpos em noite de cumprir dever
E depois…já está… costas se voltam
Que amanhã é dia novo de um vazio
Cumprido em linhas escritas de enlace
Onde a jura “ Até que a morte nos separe”
Cumpriu-se …morreram juntos na vida
De um papel assinado, onde um timbre
Se apagou, e a beleza de cor se esvaio
Desde do último dia, onde se ouviu
Boa noite … meu amor.

Paula Duarte

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