terça-feira, 28 de abril de 2015

Meditação



"A meditação não cura doenças, nem resolve problemas psíquicos ou físicos...como vulgarmente se pretende, nem é uma mentalização qualquer (como a meditação guiada) ou o recitar de mantras ou olhares para uma vela!

A Meditação é uma concentração, um FOCO (um fogo) em algo inatingível pela mente, incompreensível ao intelecto...e pertence a uma parte de nós que é nuclear e sejamos nós quem formos ou o grau da nossa inteligência ou educação, cultura, nível económico ou espiritual...em nada interfere senão com a Alma e o Ser que está para além de tudo isso.

E meditando, o que fortalecemos é essa parte de nós que é interna e eterna e que não é influenciada pela mente nem pelo físico, mas que é o nosso centro energético (consciência pura, não sei) e se esse centro estiver acordado e nós firmes e centradas nele, tudo o que nos afecta na superfície do nosso ser é atenuado pela consciência de algo superior, mas não nos tira nem os problemas, nem os conflitos psíquicos...apenas alivia e relativiza tudo isso que se passa fora e dentro de nós, se nos mantivermos focadas nele...
É como alguém dizia: nós caímos na mesma, mas em chão acolchoado...

A ideia de que a meditação é uma terapia, ou age sobre as questões físicas e psíquicas para mim é errada.
É como o Respirar...respirar não nos cura...faz-nos viver ou permite-nos viver...
RESPIRAR FUNDO pode até equilibrar os chakras e outros centros nervosos talvez, activar a pineal, como dizem...sim, pode minimizar, mas não nos salva dos conflitos da psique nem dos problemas que criamos na prática em acções diárias, as nossas escolhas, os nossos sentimentos, o que não resolvemos, etc. se nós não fizermos nada por isso.

A vida em si é uma coisa, e as circunstâncias da vida são outra...não confundamos!
Temos de viver dentro desta realidade e compreender qual é o nosso papel na cena...
Temos inclusive que trabalhar para “viver” - só isso é um drama ...
Somos escravos do dinheiro, quer o tenhamos ou não...

Também há sentimentos ou paixões que nos aprisionam e mantêm escravas deles.
Há a fome e o desejo, há as necessidades do corpo...do sexo, mas há sobretudo o medo da doença, da morte e a inconsciência total do sentido profundo da vida, e do milagre da nossa existência - a absoluta e incrível arquitectura deste corpo magnífico...que nós usamos sem saber quem somos e o que somos...
Ignoramos a nossa majestade como seres, a nossa grandeza, e que o ferimos e matamos e o usamos como se fosse nosso e o tivéssemos garantido...e contudo...não nos pertence.
Essa é a nossa miséria...

Uma coisa é a busca, o encontro, o suspiro, o conforto ...
Outra é a alienação em relação a si, ou ao somos todos UM.

Talvez essa ignorância de quem somos, e do nosso valor intrínseco como SERES HUMANOS, seja a fonte de todo o nosso desequilíbrio, nomeadamente nós mulheres, afastadas da nossa essência e força vital."

rosaleonorpedro

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