quinta-feira, 14 de maio de 2015

Noam Chomsky – o tipo de anarquismo em que acredito




Entrevista que foi publicada na revista Modern Success!


Michael S. Wilson:
O Noam é, entre outras coisas, um auto intitulado anarquista — mais especificamente um anarcossindicalista.  A maioria das pessoas pensam em anarquistas como punks marginais que atiram pedras às lojas de departamento, ou homens mascarados que atiram bombas redondas a industriais gordos.  Essa visão corresponde à realidade?  O que anarquia significa para si?

Noam Chomsky:
O anarquismo é basicamente, no meu ponto de vista, um tipo de tendência no pensamento humano que se apresenta de diferentes formas em diferentes circunstâncias, e que possui algumas características principais.  Primeiro é uma tendência que é céptica a respeito da dominação, da autoridade e da hierarquia. Ele procura por estruturas de hierarquia e dominação na vida humana em todo o seu espectro, estendendo-se desde, digamos, famílias patriarcais até sistemas imperiais, e pergunta se esses sistemas se justificam.  Ele assume que o ónus da prova para qualquer pessoa numa posição hierárquica cabe a si própria.  Sua autoridade não se auto-justifica.  Eles têm que dar uma razão para isso, uma justificativa.  E se eles não podem justificar essa autoridade, esse poder e esse controle, o que geralmente é o caso, então a autoridade deve ser desfeita e substituída por uma organização mais livre e mais justa.  E, como eu entendo, o anarquismo é apenas essa tendência.  Ele assume formas diferentes em épocas diferentes...

CNTO Anarcossindicalismo é uma forma particular de anarquismo que se preocupa primeiro, não exclusivamente, mas primeiro com o controle sobre o trabalho, sobre o local de trabalho, sobre a produção.  Ele assume que os trabalhadores deveriam ter o direito de controlar o seu trabalho, suas condições, que eles deveriam controlar as empresas em que trabalham, assim como as comunidades, de forma que eles deveriam associar-se uns aos outros em associações livres, e a democracia dessas instituições deveria ser o elemento fundamental de uma sociedade mais livre em geral.  E então, não sei se sabe, foram desenvolvidas ideias sobre como isso deveria se realizar, mas acredito que este seja o essencial do pensamento anarcossindicalista.  Quero dizer, de forma alguma é aquele quadro geral que pintou — de pessoas a correr pelas ruas, a partir janelas de lojas — mas o anarcossindicalismo é a concepção de uma sociedade bem organizada, mas organizada desde baixo com participação directa em todos os níveis, sem controle e dominação quanto praticáveis, de preferência nenhum.

Wilson:
Com o aparente desaparecimento do Estado capitalista, muitas pessoas estão a procurar por outras formas de alcançarem sucesso, de viverem as suas vidas, e eu estou a imaginar o que diria que a anarquia e o sindicalismo têm a oferecer, coisas que outras ideias — digamos, por exemplo, o Estado socialista — falharam em oferecer?  Por que deveríamos escolher a anarquia ao invés de, digamos, o libertarianismo?

Chomsky:
Bem aquilo que é chamado de libertário nos Estados Unidos, o que é um fenómeno especialmente restrito, não existe em nenhum outro lugar — em pequena parte na Inglaterra — permite um alto nível de autoridade e de dominação nas mãos do poder privado:  portanto o poder privado deve ser permitido a fazer aquilo que quiser.  O ponto de vista assumido é o de que, por algum tipo de mágica, o poder privado irá levar-nos a uma sociedade mais livre e mais justa.  Na verdade já se acreditou nisso no passado. Em Adam Smith, por exemplo, um de seus principais argumentos a favor dos mercados foi a de que sob condições de liberdade perfeita, os mercados levariam à igualdade perfeita. Bem, nós não precisamos falar sobre isso!

Wilson:
Que é uma controvérsia recorrente hoje em dia …

Chomsky:
Sim, tanto é assim que este tipo de libertarianismo, a meu ver, no mundo actual, é apenas uma chamada para um dos piores tipos de tirania, a saber a tirania privada sem restrições.  O anarquismo é bastante diferente disto.  Ele é um chamado pela eliminação da tirania, de todos os tipos de tirania.  Incluindo o tipo de tirania que acontece na concentração do poder privado.  Portanto por que deveríamos preferi-lo?  Bem eu acho que é porque liberdade é melhor que subordinação. É melhor ser livre do que ser escravo. É melhor ser capaz de tomar as suas próprias decisões do que ter outra pessoa para tomá-las e obrigá-lo a observá-las.  Quero dizer, eu realmente acho que  não precisamos de justificativa para isto.  Parece uma coisa … transparente.

A questão que precisa de uma explicação, e deve dar uma, é “Como melhor podemos caminhar nesta direção?”  E existem muitos caminhos para isso na sociedade actual.  Uma forma, incidentalmente,  é  através do uso do Estado, ao ponto em que seja democraticamente controlado. Quero dizer que, a longo prazo, os anarquistas gostariam de ver o Estado extinto.  Mas ele existe, lado a lado com o poder privado, e o Estado está, pelo menos até certo ponto, sob o controle e influência públicos — entretanto poderia ser muito mais. E ele possui dispositivos para restringir as forças muito mais poderosas do poder privado.  Regras para a segurança e para a preservação da saúde no ambiente de trabalho, por exemplo.  Ou garantindo  que as pessoas possam dispor de cuidados de atenção à saúde, por exemplo.  Muitas outras coisas como estas.  Elas não existiriam se dependêssemos apenas do poder privado.  Muito pelo contrário.  Mas elas podem vir a existir através do uso do Estado sob mínimo controle democrático … para levar adiante medidas reformistas.  Eu acho que essas são coisas boas de se fazer. Eles deveriam estar a lutar por algo muito maior, muito além disso, — na verdade por uma democratização verdadeira de escala muito maior.  E isso não é possível apenas de se pensar, mas de se trabalhar a favor. Portanto um dos principais pensadores anarquistas, Bakunin, no século XIX, afirmou que era possível construir as instituições da sociedade futura dentro da sociedade actual. E ele estava a falar de uma sociedade bem mais autocrática que a nossa. E isso está a ser feito.  Então, por exemplo empresas controladas pelos trabalhadores e pelas comunidades, são germes de uma sociedade futura dentro da actual sociedade. E estas não apenas podem, como estão a ser desenvolvidas. Há um trabalho importante a esse respeito a ser realizado por Gar Alperovitz que está envolvido nos sistemas de empresas ao redor de Cleveland que são controladas pelos próprios trabalhadores ou pelas suas comunidades.  Há muita discussão teórica acerca de como fazer a coisa funcionar, escrita por várias fontes. Uma das ideias mais elaboradas estão naquilo que é chamado de “parecon”economia participativa — em sua literatura e discussões.  E existem outras.  Estas estão no plano de abstracção e planeamento.  E no nível da implementação prática, existem passos que podem ser tomados, ao mesmo tempo em que devemos fazer pressão para superar os piores … os maiores danos … causados pela … concentração do poder privado através do uso do sistema de Estado, enquanto o sistema actual ainda exista.
Portanto não existe escassez de objectivos a perseguir.

Quanto ao socialismo de estado, depende do que a pessoa quer dizer com o termo.  Se for uma tirania do género bolchevique (e dos seus descendentes), não precisamos perder tempo com isso.  Se for um Estado social democrata mais expandido, então se aplicam os comentários acima.  Se for qualquer outra coisa, então o quê?  Estará ele a colocar o processo decisório nas mãos dos trabalhadores e das comunidades, ou nas mãos de alguma autoridade?  Se for a última opção, então — mais uma vez — a liberdade é melhor do que a subordinação, e a última alternativa carrega um fardo pesado para justificar.

Wilson:
Muitas  pessoas o conhecem por causa do desenvolvimento do Modelo de Propaganda de sua autoria em parceria com Edward Herman.  Poderia descrever sucintamente este modelo e por que ele pode ser importante para os estudantes universitários?

Chomsky:
Vamos fazer uma pequena retrospectiva — uma pequena contextualização histórica — no final do século XIX,. começo do século XX, uma larga parcela de liberdade havia sido conquistada em algumas sociedades.  No topo de tudo isso estavam os Estados Unidos e a Grã Bretanha. De forma alguma poderiam ser consideradas sociedades livres, mas em termos comparativos eram bastante avançadas a esse respeito.  De facto eram tão avançadas, que os sistemas de poder — estatal e privado — começaram a reconhecer que as coisas tinham chegado a um ponto onde eles não podiam controlar a sociedade tão facilmente quanto antes e então tiveram que recorrer a outros meios de controle.  E o outro meio de controle se constituía no controle das crenças e atitudes.  A partir disso nasceu a indústria de Relações Públicas, que naqueles dias se descrevia honestamente como uma indústria de propaganda.

Edward Bernays, o guru da indústria de RP, Edward Bernays — incidentalmente, ele não era um reaccionário, mas um liberal do género Wilson-Roosevelt-Kennedy  — o livro de estreia da indústria de RP que ele escreveu nos anos 1920 chamava-se Propaganda.  E neste livro ele descrevia, correctamente, o objectivo da indústria.  Ele dizia que o seu objectivo era garantir que a “minoria inteligente” — e é claro, qualquer pessoa que escreva esse tipo de coisa faz parte dessa minoria inteligente por definição, por estipulação, então nós, a minoria inteligente, somos as únicas pessoas capazes de realizar coisas, e existe aquela grande população lá fora, a “massa fedida”, que, se forem deixados por conta irão apenas se meter em problemas:  então nós temos que, da forma que ele colocou, “trabalhar o seu consentimento”, buscar formas de garantir o seu consentimento ao nosso jugo e dominação.  E este é o objectivo da indústria de RP.  E ele funciona de várias formas.  Seu primeiro compromisso é com a propaganda comercial.  De facto, Bernays se tornou famoso justamente nesta época — no final dos anos 20 — ao realizar uma Lucy Strike Adcampanha de propaganda para convencer as mulheres a fumarem cigarros:  as mulheres não estavam a fumar cigarros, este grupo enorme de pessoas que a indústria do tabaco não é capaz de matar, então precisamos fazer algo a respeito.  Ele então realizou campanhas muito bem sucedidas que convenceram as mulheres a fumarem cigarros:  que aquilo seria, em termos modernos, a coisa certa a se fazer, esta é a forma de se tornar uma mulher moderna e liberal. Ela fez enorme sucesso.

Wilson:
Existe alguma relação entre essa campanha e o que está a acontecer hoje com a grande indústria petrolífera e as mudanças climáticas?

Chomsky:
Estes são apenas alguns exemplos.  Essa foi a origem daquilo que se tornou uma grande indústria de controle de comportamentos e de opiniões.  Hoje a indústria petrolífera e, de facto, o comércio mundial de modo geral, estão empenhados em campanhas comparáveis que tentam minar esforços para lidar com um problema que é ainda maior que o assassinato em massa causado pela indústria do cigarro; o que se tratou mesmo de um assassinato em massa.  Nós estamos a enfrentar uma ameaça, uma ameaça séria, de mudanças climáticas catastróficas. Isto não é brincadeira.  E a indústria petrolífera está a tentar impedir medidas para lidar com isso por conta de seus interesses de curto prazo.  E isto não inclui apenas a indústria petrolífera, mas a Câmara Americana do Comércio — o principal lobby comercial — entre outros, que declararam bastante abertamente que estão a conduzir … eles não chamam isso de propaganda … mas o que correspondem a campanhas de propaganda para convencer as pessoas de que não existe perigo real e que não deveríamos dar muita atenção a esse respeito, e de que deveríamos nos concentrar em coisas realmente importantes como o déficit e o crescimento económico — ou aquilo que eles definem como “crescimento” — e não nos preocuparmos com o facto de que a espécie humana está a caminhar em direcção a um abismo que pode se constituir em  algo como a destruição da espécie humana; ou pelo menos a destruição da possibilidade de uma vida decente para uma grande parte das pessoas.  E existem muitas outras correlações.

De facto, geralmente a propaganda comercial é fundamentalmente um esforço para sabotar mercados. Nós devemos reconhecer isto.  Se teve aulas de economia, sabe que um mercado é representado por consumidores devidamente informados fazendo escolhas racionais. Dê uma olhada na primeira propaganda e pergunte-se … é esse o seu objectivo?  Não, não é.  Seu objectivo é criar consumidores desinformados fazendo escolhas irracionais.  E estas mesmas instituições realizam campanhas políticas. É basicamente a mesma coisa:  tem que minar a democracia tentando fazer as pessoas mal informadas realizarem escolhas irracionais. E este é apenas um aspecto da indústria de RP.
O que Herman e eu estávamos a discutir era outro aspecto de todo o sistema de propaganda que se desenvolveu embrionariamente naquele período, e que é a “fabricação de consenso”, conforme era chamado, consenso em relação às decisões dos líderes políticos, ou líderes da economia privada, tentar garantir que as pessoas tenham as crenças certas e não tentem compreender a forma como são tomadas as decisões que não apenas possam prejudicá-las, mas prejudicar muitas outras pessoas. Isto é propaganda em seu sentido normal.  E então estávamos a falar dos meios de comunicação em massa,  e da comunidade intelectual do mundo em geral, que está em grande medida dedicada a isso.  Não que as pessoas vejam a si mesmas como propagandistas, mas … que estão elas mesmas profundamente doutrinadas pelas crenças do sistema, o que as impede de perceber muitas coisas que estão ali na superfície, coisas que seriam subversivas ao poder se fossem entendidas. Nós demos muitos exemplos e existem muitos mais que pode mencionar até ao presente momento, exemplos cruciais de facto.  Esta é uma grande parte de um sistema geral de doutrinação e controle que funciona paralelamente ao controle de atitudes e … compromissos consumistas, e outros dispositivos para controlar as pessoas.

Mencionou os estudantes.  Bem um dos maiores problemas para os estudantes hoje — um problema enorme — são os custos astronómicos dos financiamentos estudantis.  Por que nós possuímos financiamentos que são muito maiores que os de outros países, inclusive que os de nossa própria história?  Nos anos 50 os Estados Unidos era um país muito mais pobre do que é hoje, e ainda assim a educação superior era … basicamente gratuita, ou possuía taxas irrisórias ou eram gratuitas para um grande número de pessoas.  Não houve uma mudança económica que tornou isso necessário, agora, para haver custos tão altos de financiamento, bem maiores do que quando éramos um país pobre.  E para esclarecer ainda melhor o ponto, se dermos uma olhadinha através das fronteiras, o México é um país pobre mas possui um bom sistema educacional com financiamento gratuito.  Houve um esforço por parte do governo mexicano para aumentar os custos de financiamentos, há talvez uns 15 anos atrás, o que levou a uma greve nacional de estudantes com grande apoio popular, e o governo voltou atrás. Agora isto acabou de acontecer no Quebec, do outro lado da fronteira.  Atravesse o oceano:  A Alemanha é um país rico.  Financiamento gratuito.  A Finlândia possui o sistema educacional mais bem colocado do mundo.  Gratuito … praticamente gratuito.
Então eu não acho que pode usar a justificativa de que existem necessidades económicas por trás do aumento económico dos financiamentos. Eu acredito que são decisões sociais e políticas tomadas pelas pessoas que definem estas políticas. E estes aumentos são parte, a meu ver, da reacção que se criou nos anos 70 contra as tendências liberalizantes dos anos 60. Os estudantes tornaram-se muito livres, mais abertos, eles estavam a protestar contra a guerra, a favor dos direitos civis, direitos das mulheres … e o país simplesmente se tornou livre demais. De facto, os intelectuais liberais condenaram isso, chamaram-na de uma “crise de democracia”:  temos  que moderar a democracia de alguma forma.
Eles pediram por, literalmente, mais comprometimento com a doutrinação dos jovens, sua frase era … temos que garantir que as instituições responsáveis pela doutrinação dos jovens façam o seu trabalho, para que assim não tenhamos mais toda esta liberdade e independência. E muitas coisas se desenvolveram a partir disso. Não acredito que tenhamos documentação suficiente em primeira mão para provar relações causais, mas pode ver o que aconteceu.
Uma das coisas que aconteceu foi o controle dos estudantes — na verdade, o controle dos estudantes pelo resto de suas vidas, simplesmente prendendo-os à armadilha da dívida.  Esta é uma técnica bastante eficiente de controle e doutrinação. E eu suspeito — não posso provar — mas suspeito que este é um grande motivo por detrás do aumento dos financiamentos. Muitas outras coisas aconteceram ao mesmo tempo. A economia como um todo mudou de formas significativas para concentrar poder, para acabar com os direitos e liberdades trabalhistas. De facto o economista que presidiu o Federal Reserve durante os anos Clinton, Alan Greenspan — St. Alan conforme era conhecido na época, o grande génio da profissão económica que estava a administrar a economia, possuía altas honrarias — testemunhou orgulhosamente diante do congresso que o fundamento da grande economia que estava a administrar era aquilo que ele chamava de “crescimento da insegurança do trabalhador”. Se os trabalhadores forem mais inseguros, eles não irão fazer coisas como exigir melhores salários e mais benefícios. E isto é saudável para a economia a partir de um certo ponto de vista, um ponto de vista que diz que os trabalhadores devem ser oprimidos e controlados, e de que a riqueza deveria ser concentrada nos bolsos de poucos. Então sim, isso é uma economia saudável, e precisamos aumentar a insegurança do trabalhador, e precisamos aumentar a insegurança dos estudantes por razões parecidas.
Eu acredito que todas estas coisas se encaixam como parte de uma reacção geral — uma reacção bipartidária, incidentalmente — contra tendências liberatórias que se manifestaram nos anos 60 e têm continuado desde então.

Wilson:
Para finalizar, estou a pensar se poderia terminar com algum conselho para os estudantes universitários da actualidade.

Chomsky:
Existe um sem número de problemas no mundo hoje, e os estudantes enfrentam um bom número deles, incluindo aqueles que mencionei — a falta de empregos, a insegurança e daí em diante.  Por outro lado, tem havido progresso. Em relação a várias questões, as coisas são hoje muito mais livres e avançadas do que já foram … há não muitos anos atrás.  Muitas coisas que se tratavam de verdadeiras lutas, de facto algumas inclusive mal eram mencionadas, digamos, nos anos 60, hoje são … parcialmente resolvidas.  Coisas como os direitos das mulheres. Direitos dos gays.  Oposição à agressão.  Preocupação pelo meio ambiente — que não está nem um pouco perto de onde deveria estar, mas bem além dos anos 60.
Estas vitórias da liberdade não surgiram como presentes do céu.
Elas surgiram de pessoas que batalharam em condições piores às que existem hoje.
Hoje há repressão de Estado.  Mas isso não é nada comparado a, digamos, o Cointelpro nos anos 60.
Pessoas que não sabem sobre isso devem ler e reflectir para entenderem isto.
E isso cria muitas oportunidades.
Estudantes, são relativamente privilegiados se comparados ao resto da população.
Eles também estão num período das suas vidas em que são relativamente livres.
Isso provê condições para uma série de oportunidades.
No passado, tais oportunidades foram aproveitadas por estudantes que estiveram na linha de frente das mudanças, e hoje eles possuem muito mais oportunidades. 
Nunca será fácil.  Haverá repressão. Haverá reacção. 
Mas é dessa forma que a sociedade avança.

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