quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Ikigai




Ikigai 
(生 き 甲 斐) 
é um conceito japonês que significa "a razão de ser".




Ikigai é uma palavra japonesa que significa 
"o que te faz acordar todas as manhãs", 
a tua paixão, o que dá sentido à tua existência. 


Penso que passamos grande parte das nossas vidas à procura do nosso Ikigai, restringidos por hábitos e rotinas que ameaçam a nossa felicidade, já para não falar do sentimento de ter que fazer algo para pagar as contas.

Quantas vezes nos sentimos frustrados com a vida que levamos e sentimos que gostaríamos de fazer algo diferente e realmente inspirador?!
Pois bem, este conceito surgiu exactamente para motivar os indivíduos a sentirem-se parte de algo maior que as suas próprias vidas.

Viktor Frankl pretende mostrar como com pequenos e simples gestos diários podemos fazer uma grande diferença. E ao sentirmos que estamos a contribuir para um mundo melhor, sentimos-nos por sua vez com mais vontade de viver, de ir além das amarras que constringem o nosso ser.

Na cultura japonesa, todos temos uma ikigai escondida. 
É a razão de ser de cada um. 
Encontrá-la exige, uma pesquisa profunda e prolongada de si mesmo, um processo que é considerado muito importante.
Acredita-se que a descoberta de um ikigai traz satisfação e sentido à vida. 

Este algo pode ser bem específico e significativo particularmente como um hobby, um relacionamento, um projecto ou algo que te encanta e motiva.

Toshimasa Sone e seus colaboradores desenvolveram um estudo na Universidade de Tohoku, em Sendai no Japão para avaliar a relação entre viver com sentido e longevidade. 
Eles acompanharam 43.000 adultos por sete anos.
Os pesquisadores descobriram que os indivíduos que acreditavam que a sua vida valia a pena ser vivida, que encontravam uma razão de viver, apresentaram menor probabilidade de morrerem mais cedo que os demais.

Muitas pessoas que buscam auxílio psicológico, psiquiátrico ou de um mentor espiritual estão na verdade em busca de um sentido para as suas vidas.

Viktor Frankl denominou este fenómeno de vazio existencial, ou seja, a angustia de não ver sentido na própria vida. 
Ele publicou um estudo com prisioneiros em campos de concentração e descobriu que aqueles que tinham um forte sentido para viver foram os que sobreviveram.
Para o Dr. Frankl eles sobreviveram porque acreditavam que tinham algo importante a realizar.

O mesmo ocorre com pacientes com cancro que têm melhor sobrevida quando encontram sentido nas coisas que têm para realizar.
Do seu trabalho nasceu a logoterapia, “logos” que em Grego significa “sentido” ou “meaning” em inglês.
No trabalho terapêutico o profissional não tem como saber e dizer o sentido da existência de cada um, o que fazem é estar ao lado do cliente e auxiliá-lo a encontrar o seu sentido particular de viver, a descobrir que coisas são importantes para cada um.



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