sábado, 28 de maio de 2016

Marte em retrogradação entrou em escorpião





Marte em retrogradação 
entrou em escorpião 
... a grande morte ao apego, 
ao controle...


A grande rendição à crença da busca da verdade, 
onde nunca chegamos ao oásis do prazer, 
do bem estar, da realização, 
da plenitude com o nosso Ser...


Marte entrou em retrogradação dia 18 de abril no grau 8 de sagitário e hoje dia 27 de maio entrou em escorpião onde irá estar retrogrado até dia 29 de junho, irá até ao grau 23 de escorpião...

Marte é a energia que impulsiona o desejo, a vontade, em sagitário começou a fazer-nos sentir o desejo de transcender as velhas crenças de hologramas fantasmas, onde havia sempre um impulso de chegar a um estado de pureza, verdade, onde já não existisse punição, retorno de castigo...
Crenças e paradigmas que teríamos que chegar a esse estágio para recebermos o retorno da vida, esse oásis espiritual, onde já nada iria nos retirar o bem estar interior...
A ilusão de que viver em plenitude é ficar num movimento sempre estático, sem nada a perturbar...
Esta grande ilusão da Era do Peixes, que teríamos que atingir o Santo Graal, essa grande verdade de perfeição, para não sermos mais castigados...

Este movimento retrogrado levou-nos a uma crescente vontade latente de rasgar algo que ainda nos prendia, mas um medo ainda de acreditar ser possível sair desse registo...
Marte é o regente da personalidade de escorpião, a personalidade vive o confronto entre o desejo de manter as experiências controladas e o desejo da alma de se libertar desse controle.
Esse controle oprime ao nível do inconsciente, a espontaneidade.
A Lua, os medos inconscientes, estão prisioneiros do desejo de manter a segurança necessária para que não viva o confronto com o exterior, usa a capacidade de percepcionar e calcular como agir, mas velada pelo medo. É aqui que se processa a morte da resistência em mudar de atitude, mas que também se eleva a resistência ao limite...

A personalidade impulsiona o poder do controle, a alma empurra-nos para a libertação em acção desse controle.
Pois Marte também é o regente da Alma de escorpião...
Dois movimentos absolutamente contrários, onde pelo desgaste e pelo cansaço nos rendemos...
Ao nível do inconsciente, a mente racional é a grande armadilha que aprisiona a capacidade intuitiva, a reduz do seu verdadeiro potencial, usando a capacidade de intuir para controlar como agir...
É no signo de escorpião, que se processa a grande Morte/ Renascimento do uso do poder pessoal (Plutão), capacidade de intuir, perceber do que devo desapegar-me mentalmente e renascer para a força natural que nos move sempre na direcção daquilo que nos irá libertar, e por esforço e coragem, nesta rendição mental nos entregamos sem controlo. Só assim, poderemos usufruir de tudo o que poderá fazer parte da experiência na terra, do nosso poder de criar, só em ausência de controlo ele se manifestará livremente...


  • Que crenças ainda estou apegado e que não me devolvem liberdade, nem paz interior???
  • Que não me deixam ser livre de viver sem medo, de ser espontâneo e ter que controlar, pois se não o fizer algo vai-me me castigar???


Este é o grande momento de morrermos para essas crenças, observem onde na vossa vida estão a resistir a largar o controle, pois nas masmorras do ego, ainda existe a crença da punição...
Agora podemos transformar essas crenças, tendo uma acção que está sempre a ser reajustada pela capacidade de sentir-me, onde estou a usá-la por medo e insegurança e onde a liberto e a uso com assertividade, criando limites ao exterior, não permitindo que me invadam ou vampirizem e vice versa...

Afinal apenas estávamos a receber o retorno da crença da punição 
e quanto mais queríamos provar que já éramos puros 
dignos de receber, mais manipulávamos a nossa liberdade...

É um processo que vamos fazendo toda a vida, pois é através da emancipação do medo pela consciência do mesmo que vamos usando o nosso poder de criar equilíbrio e serenidade interior...
Mas chegou o momento de tomarmos consciência de como esse medo nos manipulava a alegria de viver, de receber, de ser autêntico, ter que estar sempre sob vigília perante a vida, as experiências, os outros que interagem connosco...

É uma esfera de sensibilidade que vamos adquirindo onde percepcionamos sensorialmente onde habita o controlo e onde já nasce a liberdade de assumir a responsabilidade do nosso equilíbrio interno... Irmos permitindo-nos viver, simplesmente, aprender, transformar e mudar a nossa vida...
Para isso devemos ir gradualmente tomando consciência de esferas íntimas e muito subtis onde associamos, inconscientemente, essa força a classificações de errado...

A grande transformação é essa entrega total apenas ao momento presente, pois quando iniciamos essa entrega à vida, começamos a intuir que afinal passamos a vida a querer controlar o futuro para que nada falhe e termos o resultado desejado...
Começamos a intuir que afinal esse controlo é uma prisão, pois a ausência de controlo abre-nos portas nunca antes previstas pela mente...

Esse é o grande mistério da vida, que nos devolve tudo o que necessitamos para vivermos as experiências onde teremos oportunidade de transformar e concretizar ... prazer, realização, segurança, paz interior e que se manifestará á escala do que cada um valoriza na vida para viver essa experiência, valorização/realização/concretização...

Rendição à inevitável transformação do controlo/poder que um dia faremos mas que ao longo de toda a vida vamos tomando consciência do medo e libertando o controlo; só dessa forma estamos em consciência no movimento cósmico.
Tudo o que é energia não morre, mas está num constante movimento de transformação...
Este ciclo de Marte irá nos proporcionar tomarmos consciência dos apêgos a crenças que ainda manipulam a nossa alegria de estar a viver, a deixar que tudo se desenrole sem o nosso ego a controlar...
Mas ao tomarmos consciência deveremos ter a coragem de morrer para esse padrão e isso implica ter a coragem de mudar a atitude...
Entrarmos no ciclo natural da vida, esse que o ego tem tanto medo, a transformação ...

Não existe nenhum lugar para chegar, não existe um ponto finito da evolução...
A arte de bem viver, é entregarmo-nos ao momento e não resistir à transformação que nos está a ser dada como oportunidade...

Ruth Fairfield


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