quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Deixar de reclamar e...participar


Alexander Jansson




Será que não nos podemos mobilizar humanitariamente como membros da comunidade humana de tal maneira que os governos (de estrutura hierárquica com "democracias" dúbias) se tornem redundantes?
Esse é o meu sonho.

Mais do que apoiar iniciativas em forma de legislação governamental, apoio iniciativas vindas da comunidade, do vizinho, de nós, sem dependermos do imposto (imposição) pelos outros.

Por trás de todas as "iniciativas humanitárias" dos governos está escondida uma falha pela parte do povo... uma falha no sentido de que a indiferença, a insensibilidade, ou o passar de responsabilidade para os outros, se tornou institucionalizada.

Uma falha no sentido que, se houvesse auto-responsabilização, e responsabilização da nossa parte pela nossa comunidade maior (sermos de facto sócios participativos na "sociedade"), evitaríamos a necessidade de intervenção governamental em assuntos sociais.

Não é prático sermos nós, em vez dos governos, a cuidar das necessidades dos membros da sociedade?
Então vamos ver como mudar isso.
Se não mudarmos isso o "sistema" não mudará.

O "sistema" assenta-se precisamente na nossa falta de participação voluntária, eficiente, e criativa nos assuntos que nos tocam.
Não estou aqui para pregar ou julgar.
Também fui condicionada para votar e depois reclamar acerca do sistema (só o fiz uma vez e chegou...), para ser submissa, para me focar na minha "carreira", casar e ter filhos, e deixar que os outros se resolvam, e para deixar que o governo se responsabilize pela "sociedade" (ou "dissociedade").

Mas desde muito cedo desviei-me desse caminho, para grande vergonha e indignação da minha família, amigos e conhecidos.
Cagari, cagaró!

Decidi ser mais participativa, quer a nível local, quer a nível internacional.
As coisas demoram a se concretizar, não me realizo com a caridade, em que tudo fica na mesma merdinha no dia seguinte. Mas, passo a passo, e com as parcerias certas, chega-se lá!!
É preciso é tomar a decisão, delinear uma estratégia, focar e agir.
Com o tempo, as coisas encaminham-se para o sítio certo.

Quero ser mais participativa e cada vez mais "tomar iniciativas", criar projectos sociais, em vez de ser uma espectadora da "condição social", e da condição humana.

Estou em processo de re-habilitação...


2 comentários:

  1. Excelente análise, parabéns Susana. Está na hora de "arregaçar as mangas". Presente!

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  2. Muito Grata, Adelina...
    Esta Lua Nova está muito intensa...
    E com a entrada do Sol em Escorpião ainda mais intensa ficou...
    Temos de aproveitar esta energia cósmica para mudar o que sentimos que tem de mudar, e Participar!!!
    Sem Queixumes, sem Vitimização, e passar a Cuidar da porta de casa para fora...

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